A presença feminina no meio tecnológico

A presença feminina no meio tecnológico

O Dia Internacional das Mulheres está chegando, e nada mais justo do que fazer um post enaltecendo o papel delas no meio tecnológico, não é mesmo?

Não é novidade para ninguém que a atuação das mulheres no mercado de trabalho sempre foi mais complicada, inclusive em áreas onde a presença masculina é consideravelmente maior, pois é comum que elas tenham suas capacidades testadas o tempo todo, sejam mais exigidas, encontrem pouco espaço para colaboração, além de seus salários serem menores se comparados aos homens que ocupam os mesmos cargos.

Esses provavelmente são os motivos para que, embora índice de mulheres no mercado de trabalho cresça a cada ano no Brasil, ainda é muito difícil encontrar mulheres que atuem na área da tecnologia.

Segundo o IBGE, somente 20% dos mais de 580 mil profissionais que atuam na área de TI no Brasil são mulheres. Além disso, dados publicados pela ONU Mulheres no ano de 2018 mostram que apenas 17% dos programadores do mundo são do sexo feminino.

Isso mostra que ainda temos muito o que evoluir em questão da colocação das mulheres na área da tecnologia, olhando de forma mais abrangente para os desafios enfrentados por elas e tentando encontrar soluções para tornar esse meio mais democrático e também favorável para elas.

Se você é mulher e sonha em trabalhar com tecnologia e crescer na carreira, sem dúvidas, o autoconhecimento é a chave.

Não existe limites para as coisas que você pode alcançar, no entanto, não será possível saber quais caminhos seguir, quais são seus limites e objetivos se você não conhece a si mesma. Sendo assim, procure entender seu comportamento e tente olhar com outros olhos para tudo aquilo que te incomoda, pois isso lhe dará forças para transformar desafios em conquistas.

Mesmo que não recebessem o devido reconhecimento como seus colegas do sexo masculino, durante toda a história houveram mulheres que ultrapassaram barreiras, inovando e contribuindo para o desenvolvimento da área da computação.

Para você se inspirar, veja algumas das mulheres mais importantes da história da tecnologia:

 

Ada Lovelace

No ano de 1843, Augusta Ada King, a Condessa de Lovelace, fazia a tradução dos textos de Luigi Menabrea, um matemático italiano, sobre as ferramentas analíticas usadas por Charles Babbage, um matemático inglês. Esse trabalho derivativo resultou no que, para muitos especialistas, é o primeiro algoritmo criado na história, muito antes da existência de máquinas que pudessem processá-lo.

Ela foi uma das precursoras das ciências da computação. Seu trabalho estava relacionado à metodologia de cálculo de uma sequência de números de Bernoulli, sequências de racionais com operações altamente complexas.

Mas naquele tempo, ainda não existia o maquinário necessário para colocar seus estudos à prova. Sendo assim, seu algoritmo foi provado como correto anos depois de seu falecimento, quando finalmente chegaram os equipamentos necessários para essa verificação.

Nos dias de hoje, ela dá nome a um prêmio da Sociedade Britânica de Computação que contempla avanços significativos em sistemas de informação.

 

“As garotas do ENIAC”

Antes de linguagens de programação e sistemas computadorizados para cálculos matemáticos, os primeiros computadores dependiam da influência humana e de aparatos mecânicos para funcionarem, e quando o assunto era trajetórias de mísseis e bombas, a coisa se tornava ainda mais complicada. Foi aí que entraram as “garotas do ENIAC”.

As Garotas do ENIAC foi um grupo de seis mulheres, que foram as primeiras “computors” da história da informática.

Betty Snyder, Marlyn Wescoff, Fran Bilas, Kay McNulty, Ruth Lichterman e Adele Goldstine trabalhavam em um dos primeiros supercomputadores criados, na Escola de Engenharia Moore, no estado americano da Pennsylvania.

Elas eram responsáveis pela configuração do ENIAC, dando a ele as instruções para realizar os cálculos necessários, o que significava que elas lidavam, diariamente, com mais de três mil interruptores e botões que ligavam um hardware de 80 toneladas, tudo manualmente.

 

Grace Hopper

Grace Hopper foi a primeira mulher a se formar na prestigiosa Universidade de Yale, nos Estados Unidos, com um PhD em matemática, além de ter sido a primeira almirante da marinha dos EUA.

Além disso, no campo da tecnologia, ela foi uma das criadoras do COBOL, uma linguagem de programação para bancos de dados comerciais.

Entretanto, sua história mais famosa é a que remonta à popularização do termo “bug” para indicar problemas em software, onde ela teria resolvido um problema de processamento de dados ao remover uma mariposa que estava criando ninho dentro de um computador, indicando que um “debugging”, ou a remoção de um “inseto” é o melhor caminho para resolver falhas de funcionamento.

Grace tem uma frase que impulsiona todas mulheres que lutam por representatividade na indústria da tecnologia: “é mais fácil pedir perdão do que permissão”.

Além do COBOL, Hopper também criou linguagens de programação para o UNIVAC, o primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos.

 

Esperamos que tenham gostado do post de hoje e, não só nesse Dia Internacional das Mulheres, mas também durante todos os dias do ano, olhem para a luta de quem tem sede por fazer as coisas acontecerem, porque é isso que transforma o mundo!

Até a próxima!

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