Estamos no mês do setembro amarelo, que é o mês dedicado à prevenção do suicídio, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o assunto, a fim de evitar o seu acontecimento. Por isso, achamos de grande importância dedicar um espaço do nosso blog para falar sobre o tema.
Mas afinal, como os jogos eletrônicos podem ajudar na sua saúde mental?
Os jogos eletrônicos sempre foram um sucesso entre as pessoas, independente da idade, e a cada dia que passa, os games estão cada vez mais imersivos e são adaptados para serem jogados em diversas plataformas, tornando-o acessível para todos. E para muitos, são considerados uma forma de fugir da realidade, sair um pouco da rotina ou para se desestressar.
Além disso, os mesmos, possuem uma influência enorme para a sociedade, e em sua maioria, exigem concentração, trabalho em equipe, observação, pensamento lógico e rápido, resolução de problemas, trazendo benefícios como, a melhora da coordenação motora e o desenvolvimento da capacidade de tolerância a frustrações. Assim, após o jogador desenvolver essas habilidades, ele pode também, aplicar essas habilidades construídas no universo online, em sua realidade.
Com a pandemia, a busca por essa imersão no universo dos jogos aumentou drasticamente, pois muitos passaram a ficar muito mais tempo em casa e longe da socialização com outras pessoas, assim, com essa tecnologia foi possível unir o entretenimento com a comunicação, servindo como um meio de prevenção à depressão e muitos outros problemas que atingiram uma boa parte da população nesse momento tão delicado que vivemos e deixa muitas marcas até os dias de hoje.
Consumo saudável de jogos eletrônicos
Apesar de ter vários benefícios, o consumo excessivo dos games podem trazer vários impactos negativos para a nossa vida, e devem ser utilizados na medida certa. Agora confira algumas dicas para o consumo saudável dele:
- Realizar outras atividades, é importante que tenha um equilíbrio e apostar em outras formas de lazer, como ler algum livro aprender a tocar um instrumento musical, praticar algum esporte e entre outras coisas que desenvolvam a sua mente de várias formas;
- Estipular um limite de tempo para ficar na frente das telinhas, dando intervalos para se exercitar e tomar um ar fresco;
- Manter a postura correta, acaba sendo uma dificuldade muito comum, já que, na busca de uma posição mais confortável para jogar, é possível desenvolver lordoses, escolioses ou hérnias de disco;
- Evitar apresentar jogos violentos e conteúdos que podem ser prejudiciais ao desenvolvimento mental de crianças e adolescentes.
Como você pôde ver, o uso excessivo de jogos traz graves consequências, no entanto, se for aproveitado com moderação e do jeito certo, é possível extrair ao máximo os benefícios do videogame, já que ele oferece grandes possibilidades de desenvolvimento pessoal, educacional e profissional. Portanto, para evitar os efeitos negativos, é fundamental respeitar os seus limites e não deixar o autocuidado de lado.
Encontre ajuda
Lembrando que os jogos servem apenas como um meio de distração para a realidade, e não uma solução para problemas relacionados à saúde mental, por isso, caso reconheça algum fator de risco envolvendo esse tema, como:
- Apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos;
- Ter casos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor (depressão, bipolaridade), transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada;
- Apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia;
- Sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono.
- Odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo;
- Ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento;
- Apresentar sentimentos de solidão, impotência e desesperança;
- Escrever cartas de despedida.
Procure ajuda de familiares, amigos ou profissionais e especialistas no assunto, ou contate centros de apoio emocional, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), ligando para o 188.
Por Letícia Tiemi